O Índice FipeZap Comercial mostra uma queda de 2,72% no preço de venda, em média, dos imóveis comerciais ao longo de um período de 12 meses, entre outubro de 2018 e o mesmo mês de 2019. O relatório foi publicado no final de outubro de 2019 e divulgado pela mídia, incluindo o site MoneyTimes. Em sentido contrário, o preço médio de locação de escritórios e outros espaços e imóveis corporativos subiu, mas apenas 0,97%. A subida é bastante inferior aos valores da inflação, que terá sido no mínimo de 2,89%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Otimismo localizado, estagnação geral
Os dados apresentados revelam a média das cidades brasileiras acompanhadas pelo Índice FipeZap. Contudo, a evolução do preço médio esconde diferenças assinaláveis. Já se falou nesse site do caso particular de Campinas, que está surgindo novamente como centro de negócios em São Paulo. E é precisamente no segundo lugar dessa tabela que aparece a cidade paulista, com um aumento no preço médio dos imóveis comerciais de 4,68%. O primeiro lugar é ocupado por Salvador, com uma subida de 8,50%. Também Curitiba, Florianópolis, São Paulo e Porto Alegre registram movimentos de subida nos preços.
Mas se os “central business districts” das capitais mostram um certo dinamismo, o clima geral ainda é de estagnação. A economia ainda não arrancou claramente do período de crise e só localmente é possível identificar o otimismo dos investidores.
Retorno de imóveis comerciais se mantém estável
A estagnação da economia se revela também na estabilidade do retorno de imóveis comerciais, que de qualquer forma continua sendo uma boa aposta. Esse retorno foi calculado em 5,34% em setembro de 2019, acima do retorno de imóveis residenciais, que estará nos 4,64%. O investimento em imóveis comerciais para aluguel continua assim sendo uma aposta preferível à compra para venda.